Eu estava sentada num
banquinho que fica no balcão que divide a cozinha. A mamãe ainda estava
preparando o jantar. Seriamente o Jared é mais rápido do que ela. Foi quando
nós escutamos o grito da Nora, todos nos corremos para ver o que erra. Quando
estávamos subindo as escadas com a confusão o Sam acabou tropeçando e quase
levou Jared e eu que estávamos bem atrás dele juntos para o chão. Ao chegar no
quarto a mamãe foi logo entrando.
-Nora o que aconteceu? Você se machuco? –
perguntou mamãe olhando Nora de cima a baixo checando.
-Nada, não foi nada, eu só vi uma barata.
-Você quer que eu a mate – Jared entrou no
quarto e começou a procurar.
Só então eu percebi Daniel sentado na poltrona
de Nora. O que ele esta fazendo aqui e ainda por cima no quarto de Nora!
-Não Jared ela já fugiu pode deixa, eu preciso
me trocar – ela começou a empurrar ele para fora que continuava olhando no chão
a procura do inseto, que nojo!
Claro que eles não
podem ver Daniel, mas nós precisamos que eles saiam para falar com ele.
-Cara você é muito escandalosa, tem medo de
uma baratinha – Samanta estava atrás de todo mundo – Tomara que quando você
estiver dormindo ela suba em cima de você e ande por tudo.
-Quieta Samanta, saia daqui, você também Sam
vamos deixar ela se trocar – Jared saiu levando todo mundo junto – Vamos Alice.
-Não, ela pode ficar – ele olhou para Nora e
ela acrescentou – Nós ficamos juntas por todo esse tempo, mais alguns minutos
não vai mata ninguém.
Assim que eles saíram eu entrei e tranquei a
porta.
-O que esta acontecendo aqui? Daniel o que
você esta fazendo aqui? – perguntei, tudo bem que ele esta morto mas mesmo
assim ele é um garoto e Nora esta de toalha.
-Alice fica de olho nele, eu vou me troca –
ela saiu e se tranco dentro do closet.
-Daniel eu to esperando sua resposta? – cruzei
os braços.
-Me perdoe eu não sabia que ela tinha saído do
banho, se soubesse nunca que eu faria isso. Me desculpe mesmo – pela cara que
ele fez eu pude perceber que ele não fez por mal, foi simples sem quere – Nora
você me perdoa? – ele falou mais auto, ele não precisava se preocupar se os
outros ia escutar ou não.
-Claro Daniel só tome mais cuidado – ela saiu
do closet e veio em nossa direção.
-Por que esta aqui Daniel? – eu perguntei
chamando sua atenção. Ele estava olhando fixamente para Nora.
-Eu queria pedir desculpas pela forma que eu
agi mais cedo, foi agressivo e principalmente rude, eu não sou assim.
-Agora esta falando como um verdadeiro
cavalheiro – Nora falou e foi se sentar em sua cama, eu a segui, sentamos lado
a lado no meio da cama e cruzamos as pernas.
-Vocês duas são bem parecidas, mas só muda a
altura – e voltou a se sentar na poltrona – A Nora é mais baixa. Não é baixinha
– ele olhou pra ela e sorriu, dessa vez tive que segurar um riso.
-Vou fingir que não ouvi isso – ela ficou
emburrada.
-E tem mais, já que vocês sabem da minha
historia e estão oferecendo a sua ajuda...
-Que você não aceitou – eu disse.
-Mas já que ofereceram eu vou aproveita – ele
se levantou e foi até a janela – E por onde vocês vão começa.
-Se não é vingança, o padre não esta aqui para
ajuda e os dois pombinhos também não – eu estava pensando em uma alternativa e
estava bem difícil já que ele não sabia o porque dele esta aqui.
-A gente poderia encontra os ossos dele e
botar fogo – ela fez o gesto de riscando um fósforo imaginário – e puf ele vai
embora.
Daniel estava olhando para o por do sol que
ficava bem de frente para nossa janela, e depois do que Nora falou ele se virou
e estava com uma cara de assustado. Eu a olhei do mesmo jeito, como ela pode
fala aquilo.
-Você que não se atreva – em um piscar de
olhos ele já estava em cima da cama, ele havia empurrado a Nora e estava
segurando-a deitada – Entendeu. Eu estou colaborando com vocês, mas não faça
com que eu me arrependa disso, posso ser bem perigoso quando quero.
-Daniel, primeiro você quase vê Nora sem roupa
nenhuma, agora quer subi em cima dela – eu estava puxando o braço direito dele
para que a soltasse – E nós jamais faríamos isso.
-Daniel saia de cima de mim – ela estava tentando
se levantar mas ele não deixo – Ta legal, desculpa foi mal, eu sei, falei
besteira me desculpa mesmo.
Assim que ela se desculpou ele saiu de cima
dela.
-Mas tocando nesse assunto você sabe onde o
seu corpo foi enterrado – ele franziu o
senho novamente só que desta vez para mim – Não é para isso, é só que, veja
bem, nós não somos as únicas mediadoras do mundo, e se a sua ex-noiva ter
voltado e estiver procurando por outro mediador para fazer exatamente o que
Nora disse...
-Há mais de vocês por ai? Você ta brincando
né? – disse Daniel já recuperado
-Sim tem mais, nós conhecemos um lá no
Brooklin mesmo, ele que nos ensino tudo o que sabemos.
-Ou, agora fiquei preocupado, será que ela
volto?
-Não á como sabermos – Nora foi se sentando
novamente – Ela não apareceu pra gente, mas repetindo você sabe onde esta o seu
corpo?
-Não, eu não faço a mínima ideia.
-Já que você quer ficar, teremos que achar e
ficar de olho se Sabrina volto.
-Nora, Alice venham o jantar esta pronto –
gritou Sam.
-Estamos indo – gritamos nós duas juntas.
-Daniel podemos conversar amanha? – perguntei
-Claro, vocês vão para o museu ou eu venho
aqui?
-È melhor ele vir aqui, Alice se formos no
museu três dias seguidos os outros podem estranhar – Nora olhou para mim e
aqueles “ outros “ ela quis dizer mamãe,
Jared, Sam, Samanta e o próprio segurança do museu.
-Ela tem razão Daniel, você vem pra cá depois
do nosso colégio pode se?
-Pode, e alias eu gostei da sua casa, diga a
seu pai que eu disse bom trabalho.
-Ha, Ha, vai esperando e ele é nosso padrasto,
há diferença entre pai e padrasto – Nora saiu da cama em direção a porta já
abrindo-a.
-Tchau Daniel ate amanha – eu falei, mas foi
mais por educação.
Depois que nos despedimos fomos janta, todos
já estavam lá e esperavam nós duas para começar a comer.
-Caramba, tem que demora tanto assim pra se
vestir, eu to com fome – a Samanta estava de costas pra gente e se virou pra
nos ver entrando – Ei e a barata, ela resolveu não aparece, com aquele seu
grito e a sua cara é claro que a bichinha ia se assusta.
-Samanta – Jared a repreendeu – Se você disser
mais alguma coisa desse tipo pode dizer adeus a sua carteira, você me entendeu.
-Ta, foi mal.
Então nos sentamos e começamos a comer.
A janta estava deliciosa, uma coisa que eu
não podia acreditar é que foi minha mãe
quem fez tudo, mas depois quando Nora e eu estávamos lavando a louça
descobrimos que a mamãe teve ajuda do Jared.
-Caramba Alice eu nunca levei um susto tão
grande – ela tava lavando a louça, olhou pra mim e sorriu ao falar – Vo te fala
se a toalha não estivesse bem enrolada eu teria deixado cair.
-Seria muito engraçado.
-Claro que não, por que você acha isso, seria
constrangedor.
-Pense bem ele é de uma época onde as garotas
eram respeitosas e educadas, se duvida ele nunca deve ter visto uma garota de
toalha, nem mesmo as próprias irmãs – eu não consegui segurar a risada que
subiu pela garganta – Foi por isso que ele também se assusto.
-Ta, mesmo ele sendo uma fantasma isso teria
sido humilhante se tivesse acontecido.
-Já terminaram meninas – a mamãe tem um
péssimo abeto de entrar de fininho nos lugar.
-Já mamãe – eu me virei e dei de cara com ela
inclinada no balcão – Ai mamãe, precisa chegar tão perto assim?
-Desculpe querida, não queria te assusta. Só
queria pergunta se já fizeram o dever do colégio?
-Mãe, não somos mais crianças – cara como ela
pode pergunta isso pra gente.
-Terminaram ou não?
-Não mamãe, não tivemos tempo ainda – Nora se
virou e estava secando a mão no pano – Mas não se preocupe já estamos indo.
-Tudo bem – ele se endireito e foi em direção
a porta, mas entes de sai ela paro e olhou pra trás, pra nós duas – È muito bom
ter vocês perto de mim de novo. Senti muito a falta de vocês sabia?
-Eu também – dissemos juntas.